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007 Contra Goldfinger (1964)

  • Foto do escritor: danielsa510
    danielsa510
  • 24 de ago. de 2021
  • 2 min de leitura

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Direção: Guy Hamilton. Roteiro: Ian Fleming, Richard Maibaum, Paul Dehn, Berkely Mather. Montagem: Peter R. Hunt. Direção de Fotografia: Ted Moore. Produção: Ken Adam. Som: Gordon K. McCallum.


Esse é o terceiro filme da franquia de Bond não apenas por uma questão numérica. É um terceiro projeto dentro de uma ideia de projeção escalonada de uma série fílmica. Ele até soa um pouco mais deslocado em relação ao modelo de 007 Contra o Satânico Dr. No (1962) e Moscou contra 007 (1963), mas claramente é uma obra de progressão. Não há tantas cenas de ação quanto os anteriores, mas a dinâmica daquilo o que um filme desse herói representa foi definitivamente estabelecida aqui.


Condição essa reforçada pela ideia de um todo musical que conduz a narrativa em seus momentos decisivos. O trabalho de composição de John Barry se torna definitivo aqui. Não é só o tema principal inseridos em alguns momentos pontuais. A trilha sonora se torna parte constitutiva daquilo o que o filme é. Não é complemento apenas. Ela torna-se parte da dimensão dramatúrgica também.


Além da música, é no campo da dramaturgia que Goldfinger se solidifica nessa linha do tempo que já ultrapassa 50 anos. A relação de Bond com seus antagonistas ganha uma nova camada aqui. O vilão, nesse caso, não é a figura que quer aniquilar o protaginista a todo custo.


Há a rivalidade entre ambos, mas ela se balisa por um tom de racionalidade muito curiosa. Por mais de uma vez vemos Bond a beira da morte, mas a situação tende a se reverter a fim de impulsionar esses homens a um confronto a mais. A ação, nessa caso, nunca está dissociada de uma posterior carga diplomática e discurssiva.


Boa parte dos códigos daquilo o que conhecemos na série foi dimensionada e sedimentada aqui, de certo modo. Esse é o legado de Goldfinger. Ele é o ponto de equilibrio exato entre aquilo o que foi o melhor momento da Era Sean Connery e o início de um certo desgaste que se iniciaria em "Com 007 só se Vive Duas Vezes" (1967).

 
 
 

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