007 Contra o Homem Com a Pistola de Ouro (1974)

Direção: Guy Hamilton. Roteiro: Ian Fleming, Richard Maibaum, Tom Mankiewicz. Montagem: John Shirley, Raymond Poulton. Direção de Fotografia: Oswald Morris, Ted Moore. Produção: Harry Saltzman, Albert R. Broccoli, Stanley Sopel. Música: John Barry, Monty Norman.

Assim como em "007 Contra Goldfinger" (1964), todos os códigos do herói, aqui, foram sedimentados a exemplo de uma estrutura canônica. A partir deste ponto, o agente se projeta para uma segunda era da série.

O filme de ação e espionagem encontra um ponto de equilíbrio e equivalência até fluido considerando parte dos alívios cômicos e elementos referenciais próprios da franquia.

Não é uma representação estritamente tola de figuras que nunca expressam uma naturalista forma de estar no mundo. Quando Bond (Roger Moore) está em perigo, essa ameaça até se condensa a partir de um coeficiente até real. Sua vida é, em alguma medida, balanceada pelas situações nas quais ele está envolvido.

Parte desses códigos foram todos aqueles que percebemos nos longas da Era Craig (2005-2020), por exemplo. Há muito de cada um dos quatro últimos filmes lançados nesse período. O que mostra que o legado deixado por Guy Hamilton ficaram para a posteridade.

Não é como se tudo isso representasse uma revolução no gênero. Mas certamente foram nos filmes com a envergadura e o argumento como os de O Homem com a Pistola de Ouro que outras obras contemporâneas encontraram terreno para explorar as possibilidades narrativas nesse novo milênio, passando de Perigo em Bangkok (2008) a John Wick (2014).

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