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Emilia Pérez: os entraves na elaboração do discurso cinematográfico

  • Foto do escritor: danielsa510
    danielsa510
  • 26 de fev.
  • 1 min de leitura
Crédito: Netflix
Crédito: Netflix

Direção: Jacques Audiard. Roteiro: Boris Razon, Jacques Audiard, Thomas Bidegain, Léa Mysius, Nicolas Livecchi.  Montagem: Juliette Welfling. Direção de Fotografia: Paul Guilhaume. Produção: Valérie Schermann, Pascal Caucheteux, Anthony Vaccarello, Jacques Audiard. Direção de Arte: Anne-Sophie Delaunay. Som: Grégory Vincent. Efeitos Especiais: . Música: Clément Ducol, Camille. Coereógrafo: Damien Jalet.


Para um filme com personagem título, sentimos falta de mais da própria Perez. Entendo a ideia do Jacques Audiard em buscar reformular a concepção da vida posterior da protagonista em detrimento de uma causa contra os valores que a moviam antes da mudança da sua figura, mas ainda assim, o mote nos soa como uma alavanca.


Algo que acaba se estendendo também à figura de Rita. Apesar de ambas as personagens estarem dentro do mesmo círculo o tempo todo, a obra parece muito mais sobre a coadjuvante - em termos de posição do elemento dramatúrgico - do que a atriz principal em si.


Mesmo a ambiência dos arranjos violentos que configuram o passado e o presente de Emilia nunca parece se materializar enquanto um problema ou uma questão narratológica mais contundente da obra.


O desafio, aqui, seria a operação desses módulos: a violência e o esforço da organização social; a tragédia e a reelaboração de um sentido outro que não aquele vinculado ao reforço do conflito ou na situacionalização do esteriótipo.


No meio do caminho, Jacques Audiard pontua parte disso, mas também não organiza a natureza do filme no restabelecimento dessas questões, como, por exemplo, Sebastián Lelio o fez com "Uma Mulher Fantástica" (2017).

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