Extermínio: A Evolução | Ou o mundo depois de nós
- danielsa510
- há 6 dias
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Direção: Danny Boyle. Roteiro: Alex Garland. Direção de Fotografia: Anthony Dod Mantle. Som: Denise Yarde. Design de Produção: Gareth Pugh. Direção de Arte: Paul Ghirardani, Nick Wilkinson. Música: Alloysious Massaquoi, Kayus Bankole, 'G' Hastings. Produção: Alex Garland, Danny Boyle, Cillian Murphy. Montagem: Jon Harris. Maquiagem: Sally Alcott, Jo Grover, Jodie Llewellyn.
É muito instigante o modo como Gosto bastante do primeiro terço do filme se desenvolve ou se apresenta. Principalmente quando consideramos a forma como o diretor Danny Boyle trabalha essa noção de um terror atmosférico que não necessariamente, a princípio, passa por uma construção gráfica da violência constitutiva daquele universo.
É um segmento que também funciona bem demais por ambientar o tom distópico a partir de uma premissa muito objetiva. Há um prólogo, que não está ali para resumir ou explicar nada a respeito do que a estória é (para o espectador que jamais tenha assistido algum dos outros dois filmes anteriores) e que operacionaliza de modo econômico, mas não apressado ou hiper-resumido.
De certo modo, é uma parte do filme que funcionaria, inclusive, enquanto um curta isolado no contexto narrativo da realidade da obra.
Ajuda a expandir o universo da trama tanto por apresentar novos personagens com vivências bem específicas dentro dessa noção distópico-apocalíptica quanto por, espacialmente falando, propor jogos situacionais dentro dessa mesma estrutura narratológico-diegética, por assim dizer.
E isso não tem a ver com qualquer noção de criação de uma universalidade transversalizada, muito em voga dentro de projetos de franquias atuais no próprio cinema ou televisão, por exemplo.
O filme tem sua malha referencial por meio da qual os eventos acontecem, mas não se organiza dentro de um sentido mais desesperado pela lógica do encaixe de instantes que ilustrativamente falando tivessem sido pensados para dar um aceno a algum fã da obra original de 2002 ou mesmo sua sequela de 2007.
Acho que o final se pauta muito na afirmação desse movimento, ainda que não seja nada demais, mas que nos remonte a essa construção mais honesta na lida perceptiva do espectador.
Algo que sinto, por exemplo, ter faltado ao Bailarina (2025) do Wiseman (ou seria do Chad Stahelski mesmo?!) no sentido deste filme depender demais da mitologia do próprio Jonh Wick em si para existir.
Talvez por retornar a um universo que ele mesmo criou, Boyle tenha tido uma visão menos hesitante sobre a própria produção e isso reverberou bem quando pensamos no conjunto do trabalho como um todo.
A despeito de tudo isso, acabamos percebendo um certo desgaste ali por volta do último terço do filme, mas isso parece muito mais reflexo dessa proposta mais contida narratologicamente falando.
Primeiro de outros dois filmes que virão adiante, vai ver foi a leitura que o Boyle fez de reter os índices a serem elaborados e apresentados nos capítulos seguintes.
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