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Missão: Impossível: Protocolo Fantasma (2011)

  • Foto do escritor: danielsa510
    danielsa510
  • 28 de mai. de 2023
  • 2 min de leitura

Atualizado: 10 de jul. de 2023


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Direção: Brad Bird. Roteiro: SJosh Appelbaum, André Nemec Produção: Tom Cruise. Montagem: Paul Hirsch. Fotografia: Robert Elswit. Som: Gary Rydstrom. Música: Michael Giacchino. Efeitos Visuais: John Knoll


O filme de Brad Bird tem o virtuosismiso de ser um dos trabalhos mais práticos da série. Uma praticidade que se atesta tanto em termos de como as situações são resolvidas cinematograficamente quanto são solucionadas dentro da realidade da estória do filme em si.


Interessante como a noção de uma nova equipe mesclada incorpora esse índice isolado de uma aventura que se inicia e se conclui neste capítulo da franquia. Ela independe, de certo modo, dos eventos vistos nos três trabalhos prévios.


Analiticamente falando, Bird faz um positivo exercício de atualizar determinados códigos de outras partes como em Missão: Impossível 3 (2006), por exemplo.


Saem os excessos melodramáticos de J.J. Abrams e o foco recai mais nas impossibilidades circunscritas para o cumprimento da missão em si. O antagonista até se coloca como esse arquétipo do terrorista megalomaníaco, mas ele não assume uma centralidade, como notamos com Owen (Philip Seymour Hoffman).


O vilão apenas detona essa necessidade do protagonista de mover-se em direção ao cumprimento da sua tarefa. Claro que tudo isso envolve a eminência de um atentado de dimensões catastróficas para a humanidade, mas o saldo final traz esse tom objetivo que cabe dentro de uma narrativa de ficção e se encerra nela. Ponto.


Não há aparato institucional que dê cobertura à Hunt e sua equipe, aqui. Por suas próprias contas, os personagens vão tentando se alinhar para o cumprimento das tarefas sem que a "realidade" retratada no filme sofra com isso. O mesmo naturalismo das obras anteriores está aqui e obedece uma lógica muito específica dessa trama proposta.


Cada terço das missões, realmente, ocorre em um fluxo de improvisação perene. Eles planejam, executam, mas em algum ponto desse processo, têm de reavaliar constantemente esse fazer. Parecem nunca estar prontos, de fato, para o que estão a fazer. E isso não acaba inferindo uma impressão de incapacidade em função do que precisam fazer.


Toda a mitologia de Missão: Impossível no cinema seguiu esse conceito em torno dos feitos extraordinários da equipe. O principal ponto de distinção desse capítulo da série cinematográfica é justamente o fato de os heróis agirem por conta própria, dessa vez.


Incorporada à diegese fílimica, não contar esse apoio operacional de uma organização internacional de espionagem se encaixa bem na premissa desses trabalhos que não deixam de ser perfeitos, mas são, de certa forma, perfectivos. Ponto esse que Christopher McQuarrie incorporou muito bem nos projetos por ele assumido a partir de Missão: Impossível - Nação Secreta (2015).

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