Quarteto Fantástico: Primeiros Passos | o subgênero como experiência de indiferença
- danielsa510

- 21 de ago.
- 2 min de leitura

Direção: Matt Shakman. Roteiro: Josh Friedman, Eric Pearson, Jeff Kaplan, Ian Springer, Jack Kirby, Stan Lee. Direção de Fotografia: Jess Hall. Design de Produção: Kasra Farahani. Música: Michael Giacchino. Montagem: Nona Khodai, Tim Roche. Efeitos Visuais: Jan Philip Cramer. Som: John Casali
A "crise" dos filmes de super-heróis parece seguir em curso, de fato. Não é nem que esse novo projeto da Marvel Studios deixe de funcionar. O sentimento ao fim de tudo é só de indiferença mesmo.
Quando entramos na sala de cinema, torcemos para que a experiência com o filme seja a melhor possível para que tudo se complete.
A questão em volta dessas produções talvez parte, realmente, de um senso, ou melhor, de uma falta de desejo a apontar algo mínimo no nível daquilo o que a dinâmica do subgênero possa vir a elucidar.
Fico muito pensando como que, de Vingadores: Ultimato (2019) até aqui, nenhum dos trabalhos lançados pela produtora resguarda esse traço mínimo do filme de aventura. Não é nem uma coisa da ordem da unanimidade a se esperar, mas apenas algo mais sincero mesmo no trato deste tipo de obra.
Algo bastante específico, como o uso dos "momentos heróicos", sequer ganha alguma consistência dentro da atual estrutura na qual os trabalhos são pensados. Eles sequer existem, na verdade.
Acho que o mais próximo disso, nesse caso, especificamente, se dá na sequência da viagem extra planetária que o grupo de heróis faz. Fora isso, pouco parece sobrar a fim de dotar o trabalho de um espírito minimamente não tão engessado, blocado.
Se retornarmos à Vingadores: Guerra Infinita (2018), por exemplo, notamos que essa compartimentação, na verdade, é o elemento mais forte do filme. É o que dá o sentido de organização na sua totalidade.
Aqui, os eventos só se sucedem do modo mais previsível possível. E isso é apenas um dos dados que nos fazem perceber que, juntas, DC e Marvel são estúdios que veem na necessidade de seguir produzindo esses filmes/produtos no/para um mercado, mas não arriscam na estratégia de partir do cinema primeiramente para, então, colher os efeitos dessa roda (recepção, bilheteria, etc).



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