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Homem-Formiga e a Vespa: praticidade discursiva no filme de aventura

  • Foto do escritor: danielsa510
    danielsa510
  • 16 de fev. de 2023
  • 2 min de leitura

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Direção: Peyton Reed. Roteiro: Paul Rudd, Andrew Barrer, Chris McKenna, Erik Sommers, Gabriel Ferrari. Produção: Kevin Feige, Stan Lee, Louis D'Esposito. Montagem: Craig Wood, Dan Lebental Fotografia: Dante Spinotti. Design de Produção: Shepherd Frankel. Som:David Farmer. Música: Christophe Beck. Efeitos Visuais: Stephane Ceretti.


Homem-Formiga e a Vespa (2018) é um filme que realmente prescinde, seja dos eventos, ou até mesmo dos personagens, vinculados do universo que a Marvel Studios projeta. Essa talvez seja uma das suas maiores forças.


Nisso, sobre bastante espaço para que a obra seja apenas aquilo o que a grande maioria desses filmes do subgênero de super-heróis deve e pode ser: um filme de aventura. Mais que isso, Reed consegue manter uma unidade discursiva e prática, nos termos daquilo o que é ação, coerente.


Nada espetacular, obviamente, mas à luz do que observamos nos filmes da empresa da Disney desde Homem-Aranha: Longe de Casa (2019) a Pantera Negra: Wakanda para Sempre (2022), o longa de 2018 segue uma marca dos outros lançamentos daquela fase 3 do projeto (2016 - 2019).


São filmes que mesmo pontualmente conseguem manter uma particularidade ainda que a ideia da serialidade predomine no projeto final do estúdio. Cada diretor, por exemplo, detinham uma parcela mínima de autonomia para descrever as estórias de acordo com aquilo o que esses personagens vinham a ser.


Se pegarmos um filme como "Wakanda para Sempre", é nitida a interferência da empresa nos rumos que os tons da narrativa assumem. De um vício nocivo que impede qualquer variação em termos dramáticos. Tudo se nivela a uma política de "bom mocismo" do mundo.


Uma visão que, no fundo, são apenas reflexos diretos da incapacidade que esses conglomerados têm de criar projetos artísticos enquanto cinema mesmo. Eles sequer isso conseguem. Há uma distância muito grande entre esse produto feito para o apelo de uma audiência carente de muitas referências e o elemento que poderia ser um razoável esquema de estímulo à cultura fílmica.


Esse segundo filme centrado nas aventuras de Lang lidam muito bem entre esses dois pólos. Claro que, no fim, tudo acaba se resumindo muito simplistamente. Mas no geral, a obra concentra bons instantes entre a ação e a variação cômica, algo bastante similar à Guardiões da Galáxia Vol. 2 (2017) e Homem-Aranha: Homecoming (2017).

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